O centenário de Vinicius de Moraes
No dia 19 de outubro de 1913 nascia no Rio de Janeiro Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes, mais conhecido como Vinicius de Moraes. Cresceu e viveu parte de sua vida em bairros da cidade carioca, se tornou diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro. No ano de seu centenário, que será comemorado neste sábado, o artista ainda é lembrado como o poeta que vivia como um verdadeiro poeta e que dedicou sua vida à arte.
Reconhecido pelos amigos e fãs como o “poetinha”, Vinicius se tornou um dos maiores nomes da música brasileira, impulsionando o movimento da bossa nova no final dos anos 50. Ao lado do amigo Tom Jobim, compôs o samba “Chega de Saudade”, considerado o marco inicial do movimento. A parceria continuou e, em 1962, foi lançada a música “Garota de Ipanema”, que ficou conhecida internacionalmente. Em 1966, Vinicius também foi um dos artistas que contribuiu para o desenvolvimento da MPB.
Com o tempo, Vinicius, em parceria com amigos compositores, construiu um grande acervo de obras musicais. Segundo o banco de dados do Ecad, mais de 1.500 intérpretes já gravaram obras do artista. Nas três primeiras colocações do ranking dos que mais gravaram músicas do grande poeta estão Toquinho, com 322 gravações, Tom Jobim, com 188, e Baden Powell, com 95. Já entre as músicas mais regravadas de Vinicius, estão “Garota de Ipanema” (240), “Eu sei que vou te amar” (163), e “Chega de Saudade” (149). As três canções citadas também estão entre os primeiros lugares das suas obras mais executadas.
Vinicius morreu no dia 9 de julho de 1980, de edema pulmonar, em sua casa, na Gávea, com 66 anos. Ao seu lado estavam seu amigo Toquinho e sua última esposa, Gilda de Queirós Mattoso. Com 600 obras musicais registradas, o poeta é referência entre os artistas e deixou como legado a beleza e a importância da música brasileira, fundamental para a cultura do país.