​​As mulheres são uma das maiores forças criativas por trás da indústria musical. Mas, assim como em outros segmentos da sociedade, muitas mulheres não recebem o crédito merecido, seja a título de reconhecimento ou formalmente.

O mercado fonográfico é marcado por muitas histórias e fatos significativos, não só para a indústria em si, mas para a sociedade, principalmente quando o assunto são as mulheres na música.

A luta pelos direitos autorais, por exemplo, foi um aspecto que marcou o mercado musical e, mais uma vez, as mulheres estavam presentes, contribuindo para a temática e buscando visibilidade em uma área da qual elas fazem parte.

A pianista e compositora Chiquinha Gonzaga foi uma das pioneiras deste movimento no Brasil. Ela lutou em defesa dos direitos autorais na virada do século XX e abriu alas para que as atuais artistas tivessem uma presença influente no mercado da música.​​

Toda vez que suas obras musicais eram executadas nos teatros, Chiquinha Gonzaga considerava que seria justo receber uma parcela do valor arrecadado, pois entendia que sua música era importante e cooperava para o sucesso do que era apresentado.

A compositora foi a precursora da primeira sociedade de autores de teatro no Brasil, sendo a base das atuais associações de gestão coletiva da música. Ou seja, um papel fundamental para mostrar a relevância da mulher na participação de execuções públicas do mercado musical.

A importância da participação da mulher na execução pública

Com o mercado em constante crescimento, é papel de toda a sociedade superar o desafio de construir um cenário igualitário na indústria musical, dando voz para mais mulheres e permitindo que elas ocupem os espaços de maneira permanente.

Em comparação ao cenário de 10 anos atrás, é notório que o número de mulheres ativas na execução pública cresceu. Mas, embora o percentual tenha crescido nos últimos anos, o Ecad concluiu que o registro de mulheres no escritório ainda é muito baixo em relação aos homens.

Esses e outros dados sobre a participação das mulheres na execução pública estão disponíveis no relatório “O que o Brasil ouve – Mulheres na música”, que apresenta ainda um balanço sobre a distribuição dos direitos autorais destinada às mulheres, as categorias das titulares de música mais contempladas e o ranking das músicas nacionais mais tocadas nos últimos cinco anos com mulheres entre os autores.​ Veja aqui​. ​