Musicoterapia: como a música pode ajudar na sua saúde
Anualmente, em outubro, celebramos uma data muito importante: trata-se da campanha “Outubro Rosa", cujo objetivo é alertar as mulheres e a sociedade sobre a prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e, mais recentemente, sobre o câncer de colo de útero.
Apesar de não ser totalmente responsável pela cura das doenças, a música tem um papel importante nessa prevenção e esse fato já foi reconhecido pela comunidade científica que, no estudo "Music interventions for improving psychological and physical outcomes in cancer patients", realizado pela Universidade de Drexel, nos Estados Unidos, fala que a musicoterapia pode colaborar com a melhora no quadro clínico dos pacientes, diminuindo o tempo das internações e dos medicamentos tomados. Bem interessante, não é mesmo? 😉
Mas, afinal, o que é a musicoterapia?
Em linhas gerais, a musicoterapia é uma prática que usa música em um contexto clínico de tratamento, reabilitação ou prevenção de saúde e bem-estar. Ela ocorre como parte de um tratamento e pode ser efetuada entre um musicoterapeuta e um paciente ou entre um grupo de pessoas.
A musicoterapia não precisa ser necessariamente aplicada em um contexto de saúde, por exemplo. Ela pode ser usada em qualquer área em que haja demanda, seja promovendo saúde, reabilitando certo paciente ou, até mesmo, para melhorar a qualidade de vida de uma pessoa.
Para ministrar as sessões, o profissional responsável pelo uso da música como terapia é o musicoterapeuta. Depois de avaliar as necessidades de cada paciente, o terapeuta indica o melhor tratamento, que vai além de escutar música – também inclui o processo de criá-la.
Como a música age no cérebro?
Vários estudos comprovam que as ondas sonoras emitidas quando uma música é tocada provocam uma cadeia de sinais eletroquímicos que fazem nossos tímpanos entrarem e saírem. Assim que esses sinais chegam ao córtex auditivo, nosso cérebro age analisando a música em relação ao tom, timbre, harmonia, volume, localização espacial e ressonância.
O córtex auditivo interpreta o ritmo da canção e ativa outras áreas do cérebro, como movimento, memória, atenção e emoção. Tudo isso em uma fração de segundos.
Um estudo de 2014 realizado com músicos de jazz também ajuda a elucidar essa questão. Os músicos foram colocados em uma sala juntamente com um paciente que fazia uma ressonância magnética do cérebro e, a medida em que iam tocando as músicas, determinadas partes do órgão se acendiam. Com isso, além de constatar que todas aquelas regiões foram ativadas, os pesquisadores chegaram à conclusão de que – quando uma música toca – nosso cérebro funciona de um modo muito similar à quando conversamos oralmente com uma pessoa.
Isso também ajuda a explicar por que pessoas de mais idade não reagem bem a determinados sons por exemplo: outro estudo, conduzido em 1998 pela Universidade de Ohio, mostra que a perda auditiva na terceira idade pode fazer com que determinados sons fiquem distorcidos.
O nosso cérebro é mesmo incrível, não é? 😉
Quais os benefícios da musicoterapia?
Depois de aprender um pouco mais sobre o que é a musicoterapia e como a música age no nosso cérebro, vamos falar sobre os principais benefícios motivados pela prática e que são cientificamente comprovados:
- AVC e doenças neurodegenerativas – Por estimular diversas partes do cérebro, a música se mostra efetiva na recuperação e tratamento de vítimas de derrames ao ser capaz de despertar emoções e estimular interações sociais. O mesmo se aplica aos pacientes com demência, mal de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas.
- Transtorno do Espectro Autista – Especialmente as crianças podem se beneficiar bastante desse processo, já que a utilização de instrumentos pode servir como uma importante ferramenta para incentivar a comunicação e a autoexpressão, trazendo mais qualidade de vida.
- Câncer – Além de descontrair o ambiente das salas de quimioterapia, por exemplo, a música também alivia a ansiedade dos pacientes e de seus familiares, aumenta a sensação de bem-estar e diminui a dor causada pelo procedimento. Desde 2002, por exemplo, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) recomenda a musicoterapia como coadjuvante no tratamento da doença.
Agora que você já viu todos os benefícios da musicoterapia, saiba que ela também pode ser uma grande aliada no seu consultório. Afinal, uma boa música, além de manter um bom ambiente para os funcionários, pode ser uma ferramenta para acalmar o paciente em determinadas ocasiões.
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