Estado teve alta de 15% na arrecadação e Ecad reforça a conscientização sobre a remuneração de compositores e artistas

O estado do Rio Grande do Norte celebra, no próximo dia 7, seus 524 anos de história. A data é considerada importante para a população local, que se orgulha de sua trajetória e de sua rica cultura, com representantes na música como Roberta Sá, Xand Avião, Gilliard, entre outros. Em defesa dos compositores e artistas, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) aproveita a ocasião para reforçar a importância do pagamento dos direitos autorais pela execução pública de músicas. 

 O Ecad realiza regularmente visitas técnicas no estado para esclarecer dúvidas sobre a gestão coletiva da música e orientar os usuários sobre como se licenciar corretamente. 

“É fundamental garantir que os artistas recebam pelos frutos de seu trabalho. No Rio Grande do Norte, ainda encontramos eventos, rádios e estabelecimentos que utilizam música sem estarem devidamente licenciados, o que desrespeita a lei e prejudica os criadores”, afirma Giselle Luz, gerente regional do Ecad responsável pelo estado. 

Arrecadação no Rio Grande do Norte 

Em 2024, o Rio Grande do Norte arrecadou mais de R$ 11,2 milhões em direitos autorais de execução pública de música — um crescimento de aproximadamente 15% em relação ao ano anterior. O estado ocupa a 13ª posição no ranking nacional de arrecadação. 

O segmento de Usuários Gerais, que inclui bares, restaurantes, lojas, academias e outros estabelecimentos comerciais, respondeu por 43% do valor arrecadado. Em seguida, o segmento de Shows e Eventos representou 28% e o de Rádio, 18%. 

A capital, Natal, concentrou a maior parte da arrecadação, com 64% do total do estado. No município, os Usuários Gerais lideraram com 44%, seguidos por Shows e Eventos (24%) e Rádio (20%). 

O Ecad é uma instituição privada e sem fins lucrativos, responsável no Brasil pela arrecadação e distribuição dos direitos autorais decorrentes da execução pública de músicas em rádios, TVs, cinemas, plataformas digitais, festas, shows, entre outros locais de frequência coletiva. O pagamento é obrigatório e previsto na Lei de Direitos Autorais (9.610/98), assegurando que compositores, intérpretes e músicos recebam pelo uso de suas obras. 

Ranking das músicas mais tocadas nos shows no Rio Grande do Norte em 2024