Gilberto Gil condena falta de diálogo no PL 3968/1997 em artigo para a Folha de São Paulo

  • Eu Faço Música
    • Associações
    • Distribuição
    • Calendário
    • Comunicados
    • Para titulares
    • Regulamento de Distribuição Icon
  • Eu Uso Música
    • Arrecadação
    • Serviços ao Usuário
    • Regulamento de Arrecadação Icon
  • Unidades do Ecad
  • Canal do Usuário
  • Associações
  • Caminho do Direito Autoral
  • Imprensa
  • Notícias em Pauta
  • Transparência
  • GRC
Conheça o Ecad Ícone mensagem Fale com o Ecad Banco de dados Ecadnet Ícone nova janela
  • Associações
  • Caminho do Direito Autoral
  • FAQ
  • Imprensa
  • Notícias em Pauta
  • Transparência
  • GRC
Ícone mensagem Unidades do Ecad Banco de dados Ecadnet Ícone nova janela
Logo ECAD
  • Eu Faço Música
    • Associações
    • Distribuição
    • Calendário
    • Comunicados
    • Para titulares
    • Regulamento de Distribuição Icon
  • Eu Uso Música
    • Arrecadação
    • Serviços ao Usuário
    • Regulamento de Arrecadação Icon
  • Conheça o Ecad
  • Canal do usuário
  • Fale com o Ecad
PÁGINA INICIAL Notícias Gilberto Gil condena falta de diálogo no PL 3968/1997 em artigo para a Folha de São Paulo
Gilberto Gil condena falta de diálogo no PL 3968/1997 em artigo para a Folha de São Paulo

Gilberto Gil condena falta de diálogo no PL 3968/1997 em artigo para a Folha de São Paulo

13.08.2020 Notícias

​​A edição do jornal A Folha de São Paulo dessa quinta-feira (13 de agosto) trouxe um artigo exclusivo com o cantor, compositor e ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil. No artigo intitulado "A falta de diálogo", Gil comenta as MPs 907 e 948, além de expressar sua opinião sobre o requerimento de urgência ao projeto de lei 3.968 de 1997.

Confira abaixo a íntegra do artigo publicado pela Folha de São Paulo:​

"A falta de diálogo vem interditando a participação e o debate na sociedade brasileira. E vou buscar como exemplo um fato que envolve, neste momento, a música brasileira, um dos traços mais marcantes da nossa cultura. O cenário é o Congresso Nacional.

Em meio à maior angustia vivida pela saúde pública mundial e suas consequências econômicas e sociais, alguns políticos decidiram investir contra os direitos autorais que garantem a sobrevivência de compositores, músicos e cantores. Estamos falando de uma iniciativa recente, no Congresso, de um projeto que, se aprovado, impactará diretamente 400 mil pessoas e suas famílias.

Por meio das MPs 907 e 948, tentaram, recentemente, permitir que o setor hoteleiro deixasse de pagar os direitos autorais pela execução pública das obras musicais em quartos de hotéis. Ao setor hoteleiro, uniram-se vários outros setores, todos com o mesmo objetivo: não pagar pelo uso de obras musicais.

Não conseguiram, mas não desistiram. Em sessão remota prevista para breve, a Câmara poderá aprovar, sem ouvir os titulares de direitos autorais, um requerimento de urgência ao projeto de lei 3.968 de 1997, ao qual estão apensados mais de 50 outros projetos, todos buscando a isenção do pagamento da remuneração que autores, músicos e intérpretes têm o direito de receber pelo uso de suas obras musicais.

A questão aqui colocada é que a Constituição, a Lei Federal de Direitos Autorais e normas internacionais de proteção à propriedade intelectual garantem aos autores o domínio sobre suas obras e o devido pagamento pela execução pública de suas criações.


Em 2013, a sociedade abriu uma ampla discussão, que resultou em diversas mudanças na Lei de Direito Autoral. Se o Congresso agora entende que esta lei deve ser revista, nós, artistas e entidades que nos representam, estamos dispostos a discutir o assunto. Queremos e devemos ser convocados para essa discussão. Não concordamos —é importante que se diga— nem com o momento nem com a forma com que essa revisão está sendo proposta, pressupondo, de boa-fé, que a intenção do Congresso é, de fato, avançar nessa questão.

É um contrassenso que essa questão seja levada ao Congresso, de afogadilho, sem o contraditório e o confronto de opiniões, sem que todos os segmentos envolvidos se sentem à mesa.

Perguntamos: para onde foi o diálogo? A democracia pressupõe a participação de todos na definição dos processos políticos. Ouvir todas as partes interessadas nas questões que lhes dizem respeito é a norma do jogo democrático.

É descabido e desumano que isso ocorra em meio a um momento inédito de pandemia, quando milhões de brasileiros sofrem com incertezas em relação à sua saúde, convivem indefesos e impotentes com a morte diária de pessoas vitimadas por uma doença ainda não totalmente conhecida e enxergam um futuro econômico incerto.

Além de descabido e desumano, é traiçoeiro sacar de um projeto de 1997, anterior a uma lei que foi votada e aprovado em 2013. Todo esse movimento em falso para beneficiar interesses econômicos em detrimento da sobrevivência de milhares de trabalhadores. Sim, artista é trabalhador. Não podemos esquecer desse aspecto fundamental na discussão que precisa ser feita.

A indústria da música é uma parte importante da economia criativa do Brasil, e no meio da crise buscou se reinventar. Munidos de uma tecnologia da comunicação cada vez mais sem fronteiras, os artistas apostaram nas lives para chegar ao seu público. E tem sido assim nesses tempos em que não podemos nos abraçar, encontrar as pessoas que amamos nem nos divertir com segurança.

Portanto, a música está na contramão das medidas que tentam tolher a capacidade criativa dos artistas, impondo-lhes num momento tão difícil maiores restrições econômicas. Temos esperanças de que nenhuma medida nesse sentido —uma afronta ao Estado democrático de Direito— será aprovada sem que os artistas sejam chamados ao palco de debates para expor sua opinião na defesa dos seus direitos.

Evitar o debate, além de não democrático, pode soar como intolerância, palavra tão utilizada ultimamente no que tange às relações humanas e políticas e que deve estar longe, também, das questões que envolvam a cultura —essa dimensão simbólica que nos caracteriza e nos liberta, tão preciosa na construção de nossas identidades como povo e nação".​


compartilhe este conteúdo

Facebook Whatsapp Linkedin

continue lendo

Belém: Ecad e Restaurante Week, parceria em prol dos direitos autorais musicais

Belém: Ecad e Restaurante Week, parceria em prol dos direitos autorais musicais

01.08.2025 Notícias

Principal festival de gastronomia do país chega ao Pará: a riqueza e diversidade gastronômica da região Norte serão as grandes homenageadas do evento Entre os dias 1º e 31 de agosto, a cidade de Belém será palco da ...

Ecad amplia presença no Norte e inaugura atendimento no Amapá

Ecad amplia presença no Norte e inaugura atendimento no Amapá

30.07.2025 Notícias

Nova agência em Macapá reforça a importância da região na arrecadação de direitos autorais por execução pública de música O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) conta agora com um atendime...

Comunicado sobre atualização de mensalidade – Censo 2022

Comunicado sobre atualização de mensalidade – Censo 2022

30.07.2025 Notícias

A música está presente em todos os momentos e lugares, sendo uma grande aliada para melhorar a experiência do seu cliente e gerar um impacto positivo no seu negócio. Ao pagar os direitos autorais, os usuários contribuem p...

Ecad homenageia Daniela Mercury com ranking de suas músicas mais tocadas e regravadas

Ecad homenageia Daniela Mercury com ranking de suas músicas mais tocadas e regravadas

28.07.2025 Notícias

Com mais de 600 gravações cadastradas, rainha do axé comemora 60 anos de vida Símbolo do axé e da música brasileira, Daniela Mercury chega aos 60 anos, no dia 28 de julho, com uma trajetória marcada por sucessos que ...

Nos 298 anos de Goiás, Ecad celebra a terra da música sertaneja e o avanço na arrecadação musical 

Nos 298 anos de Goiás, Ecad celebra a terra da música sertaneja e o avanço na arrecadação musical 

24.07.2025 Notícias

Estado subiu 22% na arrecadação de direitos autorais e Ecad reforça conscientização sobre a remuneração de compositores e artistas  Berço da música sertaneja, o estado de Goiás celebra seus 298 anos no próximo d...

Ecad recebe certificação do Great Place to Work pela 17ª vez consecutiva

Ecad recebe certificação do Great Place to Work pela 17ª vez consecutiva

23.07.2025 Notícias

Entidade fica em 9º lugar entre as melhores empresas para trabalhar no Rio de Janeiro O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) recebeu, pela 17ª vez, a certificação do Great Place to Work, consulto...

Ícone com seta para esquerda Voltar para listagem
Logo ECAD

Sobre o ECAD

  • O Ecad
  • Resultados
  • Ranking
  • Gestão coletiva
  • Caminho do Direito Autoral

Associações

  • Conheça as Associações
  • Abramus
  • Amar
  • Assim
  • Sbacem
  • Sicam
  • Socinpro
  • UBC

Eu Faço Música

  • Associações
  • Distribuição
  • Calendário de distribuição
  • Comunicados
  • Titulares

Eu Uso Música

  • Arrecadação
  • Serviços ao Usuário
  • Simulador de Cálculo
  • FAQ
  • Imprensa
  • Em Pauta

Fale com o Ecad

  • Onde estamos
  • Fale com o Ecad
  • Canal de Ética
  • Trabalhe Conosco

Redes sociais

Canal do Usuário Acesso ao Ecadnet
  • Portal da privacidade
  • Termos de uso
  • Política de Cookies
whatsApp milla-closed milla-opened