Devido à pandemia, Ecad prevê queda de R$ 140 milhões na arrecadação de direitos autorais
O impacto do fechamento de diversos estabelecimentos em decorrência da pandemia de Covid-19 não tem sido sentido apenas pelos empresários, funcionários e clientes desses locais. A cadeia produtiva da música, formada por cantores, compositores, gravadoras e produtoras, também será afetada pela queda do recebimento de direitos autorais pela execução pública de suas obras nesses locais.
Um levantamento realizado pelo Ecad mostra que, no caso de uma quarentena de quatro meses, a previsão é que 140 milhões de reais deixem de ser arrecadados. Nesse momento, onde há cancelamento de shows, os artistas continuam sendo remunerados através da execução pública proveniente de outras fontes, como rádios, televisões e plataformas digitais – o que intensifica a importância da adimplência desses clientes para garantir a sobrevivência de milhares de artistas e compositores beneficiados pelo nosso trabalho. Para a nossa superintendente executiva, Isabel Amorim, “esse pagamento nunca foi tão importante para a música, já que quase todas as outras fontes de renda dos artistas foram comprometidas".
Entre os meses de março e maio de 2019, foram contabilizados 6.600 shows e eventos por mês em todo o país, equivalente à arrecadação média de R$ 11,3 milhões em direitos autorais. Com o cancelamento de shows e eventos diversos, a previsão é que um valor semelhante deixará de ser arrecadado neste ano somente nestes segmentos. Vale lembrar que, durante todo o ano de 2019, o Ecad distribuiu R$ 986,5 milhões para 383.000 compositores.
O Ecad informa que, neste período de quarentena, está conduzindo estudos para adiantar o pagamento de direitos autorais e, assim, evitar descapitalizar os músicos e compositores.
Nosso levantamento já foi tema matéria produzida no site da Revista Veja. Clique aqui para conferir.