Compositor Fernando Brant deixa legado de obras para a música popular brasileira
15.06.2015
Notícias
Na última sexta-feira, dia 12 de junho, o Brasil perdeu um dos grandes artistas da música popular brasileira, o músico, compositor, jornalista e escritor Fernando Brant, vítima de complicações decorrentes de um transplante de fígado. Natural de Minas Gerais, Brant se formou em direito, atuou como jornalista e iniciou o seu envolvimento com a música desde os tempos de faculdade. A sua ascensão no meio artístico se deu após uma parceria firmada com o cantor e compositor Milton Nascimento, com a composição da música “Travessia”, no ano de 1967.
Durante toda a sua trajetória no meio musical, Brant compôs mais de 200 canções, muitas delas interpretadas por Milton Nascimento, entre elas "Maria, Maria", "Nos bailes da vida" e "San Vicente". Na ferramenta Brasil EcadNet, disponibilizada no site do Ecad, mais de 280 obras musicais feitas por Fernando Brant e seus parceiros estão cadastradas. Ainda nos anos 60, Brant foi um dos grandes responsáveis pelo movimento Clube da Esquina, que também contou com a contribuição de artistas como Lô Borges, Beto Guedes e do próprio Milton.
Um dos grandes defensores do direito autoral no Brasil, por mais de 20 anos, Fernando Brant esteve à frente da presidência da União Brasileira de Compositores (UBC), uma das nove associações de gestão coletiva de música que compõem o Ecad. Referência entre os artistas no país, Fernando Brant deixa como legado, além de todo o seu vasto repertório, a relevância da valorização da música brasileira e a importância do reconhecimento e respeito ao trabalho dos artistas, especialmente os autores, que continuam escrevendo as suas histórias no meio musical.
O Ecad lamenta a perda deste grande nome da música.