‘É preciso estar atento e forte’
11.09.2013
Notícias
A necessidade de conscientização de toda a cadeia produtiva da música também foi amplamente discutida. "Casas noturnas, bares e restaurantes são locais importantes para a divulgação de trabalhos autorais e podem oferecer a via financeira para que os artistas produzam mais. O problema é que a grande maioria está em áreas residenciais, limitando a execução de músicas", destaca o instrumentista Daniel Manganelli.
Para Fred Fonseca, um dos problemas comumente enfrentados é o desconhecimento de donos de estabelecimentos, como bares e restaurantes, sobre as regras e as adequações para a inserção de atrações musicais em suas casas. "A grande maioria não possui um isolamento acústico adequado. Vale fazermos uma campanha para que estes locais se adaptem, com todas as informações sobre a necessidade disso e orientações para fazê-lo corretamente."
A taxa para o Ecad (Escritório Central de Arrecadação), pelos direitos autorais de cada música executada publicamente no Brasil, é outra questão sobre a qual os contratadores precisam de orientação. "O pagamento do Ecad é um estímulo para o músico se apresentar em determinado local, o reconhecimento do trabalho autoral, mas muitas casas não sabem da importância disso", destaca Roger Resende.
A mobilização da classe artística, com uma possível reativação do sindicato da classe e o fortalecimento do Fórum da Música – que passará a ter encontros quinzenais – foi outro ponto central da reunião. "É preciso buscar novas ideias de mobilização, pautas efetivas relacionadas à nossa atividade profissional, para evitar o esvaziamento da discussão e do próprio Fórum", opina Edson Leão. Entre as alternativas propostas, foi aceita a criação de uma cartilha com um diagnóstico do panorama histórico, atual, e possíveis perspectivas da carreira musical em Juiz de Fora, que deverá ser apresentada tanto aos músicos quanto aos fomentadores da cultura local. "É importante deixarmos claro que este não é um documento fechado, mas aberto à discussão coletiva e à reformulação com a participação de todos", pondera o músico Marcelo Castro.